Começando pelo óbvio: A diversidade é parte da existência de tudo neste planeta. A diversidade está nas espécies de plantas e animais, biomas, culturas, credos e na identidade de gênero. Existe o diferente e ele é importante. Ponto.

Nos últimos anos, a comunidade LGBTQIA+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transsexuais Travestis e Transgenero, Queers, Intersexo, Assexuais e todas as variantes de gênero abrigados no +) tem conquistado mais espaço e visibilidade. Algo sem dúvida positivo para nossa evolução como sociedade, mas que, sem motivo que se justifique – a não ser o preconceito, que é injustificável – parece incomodar pessoas cujo a existência de outrem incomoda ́ ´´porque sim´´.

E quando falamos de sociedade, a publicidade e a propaganda têm papel importante nesse contexto. Pois elas são o reflexo da contemporaneidade e um dos indicadores pelos quais, enquanto comunidade, estamos seguindo. Então, quando a publicidade acena para a comunidade LGBTQIA+, só estamos refletindo o caminho que a humanidade segue. 

O vídeo acima é da nova campanha do Mercado Livre, chamada ´´Beijos Icônicos´´, para o dia dos namorados. Cada vez mais, marcas têm aberto as portas da representatividade, de modo que mais pessoas possam se reconhecer não apenas na publicidade, mas em todos os campos da cultura de massa, na política e em outras diversas esferas. Independente de gênero e sexualidade.

Como as marcas têm abordado a temática LGBTQIA+

Como deve ser feito. Aceitando e respeitando. É simples assim, quem complica as coisas é você.

Por que, então, seria diferente só porque não se segue um conceito, sem base, de heteronormalidade?

E depois de décadas e décadas, onde famílias com dois pais nunca foram representadas no dia dos pais, famílias com duas mães também não foram representadas no dia da mães e configurações de casais, além do masculino e feminino, não eram representados no dia dos namorados. Por que não fazer com que essas pessoas também se sintam representadas?

Essa é uma necessidade que as marcas estão atendendo. E é isso que a publicidade faz, não é? Promover produtos, serviços e ideias que supram determinada necessidade. 

E o mundo precisa de representatividade.

Campanhas publicitárias que acolheram a comunidade LGTBQIA+

Hubspot

A Hubspot é uma das mais respeitadas empresas de automação de marketing digital do mundo. Quando falamos do digital, o conhecimento do público é um dos recursos essenciais para qualquer estratégia.

Mas quantas e quantas vezes você viu que o público de uma marca ou serviço é de homens e/ou mulheres de X a Y anos? O mundo, como dissemos, é diverso e clientes em potencial também são. Como mostra a campanhas ´´This Is Your Custumer´´ (Esse é seu consumidor) da Hubspot:

Avon

Não são recentes os esforços da Avon para tornar suas campanhas mais inclusivas. O mundo dos cosméticos sempre teve como alvo as mulhres cisgênero, de pele branca, não levando em consideração outras tonalidades de pele e que não são apenas estas mulheres que cuidam da pele.

Entre as iniciativas, estão a campanha #EAiTaPronta, para divulgação da linha de maquiagens ColorTrend:

Kibom Magnum

A linha de sorvetes Magnum realizou uma campanha com foco nas mulheres, abrangendo o ser mulher para além do sexo. Por isso, a peça tem, além de mulheres cis brancas e negras, mulheres trans e também drag queens.

Ainda que não trate a questão da identidade de gênero como tema central da campanha, ela mostra que ´´gênero´´ é, sobretudo, uma convenção social e não uma questão biológica. A maneira como uma pessoa se vê, se sente e se entende como indivíduo é o que realmente conta:

Equinox

Infelizmente não é raro o pouco caso com a comunidade LGBTQIA+, até mesmo no uso da sigla em si. Das pessoas que insistem na ideia retrógrada do termo GLS (que inclui apenas Gays e Lésbicas onde o S eram as pessoas ´´Simpatizantes´´ ou aquelas que não ´´se incomodavam´´ e ´´aceitavam´´ a homossexualidade (como se ela dependesse do aval de alguém) àquelas que fazem piada com o tamanho da sigla.

Nesse contexto, a rede estadunidense de fitness de luxo Equinox,  apostou no viés educativo para que mais pessoas possam se familiarizar (e até se reconhecer) em uma das siglas que contemplam a diversidade de gêneros e sexualidades na sociedade:

O Boticário

Já faz um tempo que as campanhas d´O Boticário têm sido mais inclusivas nas questões de gênero. E faz tempo também que a marca tem que peitar o ódio de pessoas que, de modo irracional, se recusam a aceitar a existência dos outros.

E isso mostra como campanhas inclusivas são importantes. Perceba o absurdo: uma pessoa (ou grupo de pessoas) se recusa a aceitar que outra tenha o direito de existir. E essa ideia se baseia em preconceito, ódio, intolerância e, em última instância, violência que pode ser – e é fatal. Segundo o GGB (Grupo Gay da Bay) a cada 23 horas uma pessoa morre por homofobia no país.

Motivo de Orgulho

Pessoas LGBTQIA+ estão lutando, dia após dia, por representatividade, por direitos humanos que lhe são negados, lutando contra intolerância, preconceito e morte. Pessoas que muitas vezes não são acolhidas por sua família, pela igreja onde praticam sua fé e pelo mercado de trabalho.

Se fosse uma questão de escolha, quem ia escolher passar por isso?

Se lutar por toda forma de amor não é motivo de orgulho, o que haveria de ser? 

#LivrePraSer

Até a próxima!